Após as convenções municipais, o PMDB do Paraná começa a organizar um encontro nacional do partido em Curitiba. No dia 15 de novembro, os presidentes e integrantes de diretórios do partido em todas as capitais do país vêm à cidade para começar a discutir um programa de governo do PMDB para as eleições do próximo ano.
Este é o primeiro movimento do governador Roberto Requião (PMDB) para se posicionar na discussão sobre os rumos do PMDB na sucessão presidencial do próximo ano.
Na reunião de anteontem à noite, no diretório estadual do PMDB de Curitiba, Requião defendeu a necessidade de uma candidatura própria à sucessão do presidente Lula (PT).
Requião consultou a plateia que, por unanimidade, manifestou-se favorável à proposta. Ele disse que as bases do partido no país inteiro pensam da mesma forma.
Requião disse que não pretende polemizar com a direção nacional do partido que, neste momento, prepara um pré-acordo para apoiar a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à presidência da República.
“Lá em Brasília, as pessoas estão falando por nós. Eu não quero estabelecer uma polêmica com o diretório nacional do PMDB, mas a nossa intenção, junto com outras sessões do PMDB do Brasil inteiro, é começar a montar um programa de governo”, disse.
Para Requião, mesmo para fazer alianças, um programa de governo é indispensável. “Aí sim vamos para a convenção nacional e quando eles disserem coligação ou não coligação, nós vamos dizer que em primeiro lugar “para que?” e “para quem?”.
Depois que estabelecermos um programa de governo, vamos discutir se temos candidato ou se para a execução desse programa, podemos ter coligação”, afirmou. Requião disse que todo o partido almeja o poder e os que não se organizam para disputa majoritária não justificam sua existência.
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