Obra

Requião não volta mais para o Palácio Iguaçu

O governador Roberto Requião (PMDB) vai deixar de herança um palácio novinho em folha para o seu sucessor. Requião encerra seu terceiro mandato sem concluir a reforma do Palácio Iguaçu, que deve ficar pronta apenas no final do próximo ano.

Se todos os prazos forem cumpridos, o novo Palácio será ocupado pelo governador que for eleito em 2010. No próximo dia 24, serão abertas pela Secretaria Estadual de Obras as propostas das empresas participantes da licitação do contrato de R$ 24,7 milhões para fazer a reforma e recuperação do imóvel, construído na década de 50.

A previsão é que a reforma comece no início de 2010 e, conforme o edital, tem prazo de 270 dias para a conclusão. Desde o final de 2007, o Palácio Iguaçu está vazio.

O governo mudou-se para o Palácio das Araucárias, a poucos metros, enquanto uma empresa trabalhava em silencio, fazendo o levantamento dos problemas do prédio e preparava os projetos arquitetônicos e complementares de engenharia, que serão executados a partir do próximo ano. O trabalho levou mais de um ano e foi realizado pela empresa Geplan, ao custo de R$ 477 mil.

Os projetos ficaram prontos há pouco tempo. De acordo com informações da Secretaria de Obras, além dos consertos de problemas como infiltração e de fiação elétrica, os projetos prevêem uma adaptação do edifício aos novos tempos.

Na reforma, serão observadas necessidades que não existiam em 1954, como a internet sem fio e um sistema de segurança muito mais eficaz, além da instalação de novos elevadores e outros dispositivos contra incêndio, que tornarão o Palácio mais adequado às funções de sede do governo. A proposta é transformar o Palácio Iguaçu no que a secretaria de Obras chama de “edifício inteligente”, mas sem desfigurar o projeto original.

Resgate

A reforma do Iguaçu faz parte da recuperação do Centro Cívico, que se iniciou com a conclusão do edifício abandonado da Praça Nossa Senhora de Salete, onde hoje estão os gabinetes do governador, do vice-governador Orlando Pessuti, a Casa Civil e as secretarias especiais. Quando o Palácio Iguaçu estiver pronto, o governador e o vice-governador retornam para lá e o Palácio das Araucárias receberá novas secretarias.

O Palácio das Araucárias foi recuperado no segundo mandato de Requião. Devido a problemas estruturais, o prédio, cuja construção foi iniciada no governo José Richa, ficou abandonado por quase vinte anos, até ser reconstruído em 2006. O governo do Paraná investiu cerca de R$ 21 milhões na recuperação do edifício, inaugurado em fevereiro de 2007.