Cansado de responder a pergunta de sempre se é ou não candidato ao governo do Paraná, o senador Roberto Requião decidiu inovar. Em entrevistas a rádios do Oeste e Sudoeste, onde passou o dia em campanha, Requião pedia que os radialistas abrissem os programas à participação popular, perguntando aos ouvintes se devia ser candidato ao governo ou ao Senado. Resultado: 100% dos ouvintes disseram que queriam ver Requião governador do Paraná.
Satisfeito com a manifestação dos eleitores, Requião procurou também fulminar os boatos sobre composições, coligações e acertos que inundaram o Paraná nos últimos dias. O pré-candidato do PMDB garantiu que sua candidatura segue “firme e vacinada contra especulações”.Requião reafirmou que o PMDB está aberto a coligações e que vai continuar conversando com partidos e políticos paranaenses. No entanto, observou o senador, “o ponto de partida para qualquer entendimento é um programa comum para a recuperação administrativa, ética e econômica do Paraná”.
De qualquer forma, independente de coligações, os peemedebistas estão concentrados na realização da convenção do partido, no próximo sábado. Eles dizem que vão reunir pelo menos cinco mil pessoas nos salões do Paraná Clube, em Curitiba. Animados com as últimas pesquisas, que apontam o crescimento da candidatura de Requião, os dirigentes do PMDB pretendem dar uma “demonstração de coesão e força”. Outra expectativa em relação ao senador Roberto Requião é a sua posição sobre a sucessão presidencial, depois que a convenção do PMDB aprovou coligação com o tucano José Serra. Requião ainda espera a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o seu pedido de anulação da convenção nacional do partido.
Em Pato Branco, onde participou de uma grande concentração política que reuniu dezenas de municípios, prefeitos e vereadores, o pré-candidato do PMDB deu atenção especial à organização de sua campanha na região.
