Requião fará maratona de inaugurações

A partir da primeira quinzena de janeiro e pelos próximos seis meses, o governador Roberto Requião (PMDB) vai começar uma maratona de inaugurações de obras distribuídas por todo o Estado. Responsável pela coordenação da agenda do governador, o secretário da Casa Civil, Caíto Quintana, disse que o ritmo de 2006 será acelerado. A agenda do governador, que é candidato à reeleição, tem que se submeter aos prazos estabelecidos na legislação eleitoral. Conforme a lei 9.504, artigo 73, candidatos a cargos públicos não podem participar de inaugurações a partir de 1.º de julho, quando começa oficialmente a campanha eleitoral.

"Se o governador quisesse, ele entregaria uma obra concluída a cada semana, até o final deste mandato", afirmou Quintana. O secretário disse que a entrega de obras irá se concentrar nas áreas de segurança pública, saneamento básico e recuperação de estradas. "São muitos os convênios que assinamos na área de coleta de resíduos e que a Sanepar nos avisou na semana passada que as obras já estão concluídas", disse.

Segundo Quintana, nenhuma nova obra será iniciada em 2006. O secretário afirmou que Requião já tem tido dificuldades para conciliar os compromissos da agenda cotidiana do governo com o cronograma de inaugurações. "Ele não tem nem conseguido ir a todas as entregas de trechos de estradas que estamos restaurando. Estamos selecionando uma região do Estado para que ele compareça", afirmou.

Colheita

Quintana afirmou que a conclusão das obras está coincidindo com o ano das eleições. O secretário observou que, em 2003, o ano foi dedicado aos embates jurídicos, em que Requião resolveu passar um pente fino nos contratos herdados do seu antecessor, Jaime Lerner (PFL) e nem tinha orçamento para projetar suas ações. A partir do segundo ano é que o governo trabalhou no planejamento de suas ações e começou as licitações para as obras, afirmou. "Uma boa parte delas está sendo concluída agora porque este é o tempo de duração da execução. Estamos agora colhendo o que fizemos nestes três anos", disse.

O secretário afirmou que o ritmo dos primeiros seis meses deste ano devem orientar também a escolha do seu sucessor na pasta. Quintana se afasta do cargo a partir de abril, quando retorna à Assembléia Legislativa para concorrer à reeleição como deputado estadual, e o seu substituto no cargo é que vai ter que assumir a agenda administrativa no ano eleitoral. "O governador vai ficar mais ausente e precisamos de um nome que assuma essas tarefas sem prejuízo", disse o secretário.

"Precisamos de um nome que saiba atuar como algodão entre cristais, porque ano eleitoral é tempo de conflitos entre a própria base aliada em função da busca dos votos. Além disso, é fundamental ter um perfil de proximidade com o governador", afirmou.

Por enquanto, o governador não começou a cogitar os nomes dos prováveis substitutos de Quintana. Como Requião também não pretende antecipar a saída dos seus auxiliares que serão candidatos em 2006, as escolhas somente começarão a ser feitas a partir de fevereiro, previu Quintana. 

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