Requião eleva o tom contra Osmar Dias

O governador Roberto Requião (PMDB) começou a responder às críticas feitas pelos adversários que o acusam de não ter jogo de cintura para lidar com determinados setores da sociedade, como o empresarial. E começou pelo seu principal adversário, o senador Osmar Dias, candidato do PDT ao governo. ?Uma coisa que muito pouco se fala é que na Secretaria de Agricultura, o senador Osmar Dias demitiu sumariamente 115 servidores do Iapar e outros tantos da Emater, só porque não gostavam do seu irmão Alvaro Dias, na época governador do Estado?, disse o peemedebista.

A reação do governador veio durante uma reunião ontem com os representantes regionais da sua candidatura, em Curitiba, onde pediu empenho para a reta final da campanha. Foi também uma resposta a declarações feitas anteontem à noite por Osmar, quando, em reunião com empresários em Curitiba, o candidato do PDT disse que Requião trata os empresários como adversários. ?Quero ser um governador a serviço do Estado, ao contrário do que acontece hoje. Fazer um governo tratando os empresários como verdadeiros parceiros e não como adversários?, provocou. Ontem, o pedetista criticou a administração do Porto de Paranaguá.

Na reunião, Requião deu o troco ao dizer que o senador pedetista é que era ?intransigente?. Osmar reagiu. Disse que não está disposto a servir como matéria-prima do que chamou de ?usina de fofoca? do Palácio Iguaçu. Mas rebateu a acusação. Disse que quando secretário de Agricultura no governo do irmão, ao invés de dispensar, contratou técnicos para a área.

?As mentiras têm limites. Eu elevei o orçamento da Secretaria da Agricultura de 1,5% para 8%. Eu contratei técnicos para dar suporte aos programas. Exigi que cada prefeitura contratasse um técnico em ciências agrárias. Eu não saí por aí perguntando quem gostava ou não do Alvaro. Que acusação mais descabida?, revidou.

Apelos

Na reunião de Requião com a coordenação de campanha, o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB) fez um apelo para os filiados, prefeitos e vices, deputados e vereadores do PSDB. ?A anulação da nossa coligação com o PMDB por obra de pessoas que se dizem democráticas fez aumentar a garra. Virou ponto de honra ganhar esta eleição em primeiro de outubro?, disse Brandão, que era o candidato a vice-governador antes de a aliança entre PMDB e PSDB ser desfeita.

O PMDB planeja ganhar a eleição em primeiro turno. Requião disse isso aos seus coordenadores regionais de campanha. ?Esta eleição deve ser tratada como a confirmação de um estilo de governar que nunca olhou cores partidárias para garantir apoio de prefeitos?, frisou.

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