Os senadores Alvaro Dias e Roberto Requião vão disputar o segundo turno da eleição para o governo do Paraná. Alvaro obteve 31,4% dos votos válidos. Requião ficou em segundo lugar, com 26,2%. Confirmando o terceiro lugar indicado pelas pesquisas, o candidato do PSDB, Beto Richa, teve 17,3% dos votos. O deputado federal Padre Roque (PT) foi o quarto colocado, com 16,4%. O candidato do PPS ao governo, Rubens Bueno (PPS), vem a seguir com 7%.
Concluída a apuração em todo o Estado, os senadores partem agora para a busca de apoios das forças políticas na segunda etapa da disputa. Requião acredita que terá no seu palanque o PT e o PPS, além de parte do PSDB. Alvaro conta com o que classificou de “maioria esmagadora” do PSDB e correntes expressivas do PFL. O pedetista também vai conversar com o PT, já que pretende apoiar Luis Inacio Lula da Silva no segundo turno da eleição.
Requião não vê possibilidades de dividir o apoio do PT com Alvaro. O senador lembrou que esta é a 4ª campanha em que apoiou Lula na eleição presidencial e que esta relação o credencia a obter o apoio quase automático do PT no Paraná. O candidato do PMDB reuniu-se ontem à noite com a coordenação de sua campanha já para avaliar as estratégias no segundo turno.
Alvaro já mandou emissários conversar com o PT. O candidato do PT ao governo, deputado federal Padre Roque, disse que o pedetista foi o primeiro a procurar ontem o partido. O PT se reúne amanhã para definir sua posição no segundo do turno no Paraná.
Na avaliação do candidato ao governo, há proximidade maior entre o PT e Requião no Paraná, mas a postura do partido vai depender dos resultados da eleição presidencial. “Se Lula vencesse no primeiro turno, o apoio do PT ao PMDB sairia mais facilmente. Uma disputa presidencial no segundo turno vai levar o partido a avaliar como ficará o leque de apoios a Lula nos outros Estados para depois definir a posição no Paraná”, comentou.
Informal
Quanto aos tucanos e pefelistas, tanto Alvaro como Requião sabem que os dois partidos não terão uma posição única. Alvaro acredita que levará vantagem na distribuição dos votos tucanos e pefelistas no segundo turno. “Não contamos com adesões oficiais. Acho que o eleitor dispensa intermediários no segundo turno. A adesão não será dos partidos, mas dos eleitores”, observou o senador pedetista. Alvaro conta ainda com mais um trunfo no Interior do Estado. Ele acha que 80% dos 399 prefeitos do Paraná vão se engajar na sua campanha. Na avaliação do pedetista, os prefeitos sentiram-se inibidos em apoiá-lo no primeiro turno por conta da candidatura governista de Beto Richa (PSDB).
Beto
Beto Richa não se posicionou sobre o segundo turno da disputa. Disse que vai consultar o partido e os aliados e se concentrar na campanha de José Serra (PSDB) a presidente. “Ainda é cedo para falar nisso”, comentou. Beto admitiu, porém, que pode até não anunciar apoio a nenhum dos dois candidatos. Ele acredita que a campanha será marcada por trocas de acusações entre Alvaro e Requião. E disse que ainda é cedo para avaliar seu futuro político.
Última atualização às 10:16:06 de 07/10/2002 | ||||||||||
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