Ao participar da convenção municipal do PMDB, ontem em Curitiba, o governador Roberto Requião disse que o vice-governador Orlando Pessuti será candidato ao governo pelo PMDB e que as definições sobre alianças ficarão para o próximo ano.

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Requião reafirmou suas críticas ao pré-acordo feito em jantar na terça-feira passada entre a direção nacional do PMDB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à presidência da República.

“Aquilo foi uma farra de um jantar e não tem nenhum aspecto legal. O partido não tomou conhecimento disso. Eu não estou nem dizendo que não seja possível uma coligação com o PT nacional, mas eu não reconheço a autoridade de meia dúzia de comensais que, depois de tomar um bom vinho e comer um bom rango, resolve dizer para todo o partido o que deve fazer”, criticou.

Sobre o cenário das negociações locais, em que uma parcela expressiva do PMDB demonstra a vontade de compor com o PSDB, por não acreditar no crescimento da candidatura peemedebista, Requião reafirmou a candidatura de Pessuti.

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“Ele foi treinado numa boa escola. É meu vice há oito anos”, resumiu. Quanto a alianças, o governador defendeu que, primeiro, o partido formule um projeto de governo, para depois decidir se faz coligação ou lança um candidato próprio à presidência da República.

O PMDB do Paraná pretende reunir em Curitiba, no próximo dia 15 de novembro, as lideranças do PMDB das capitais para iniciar um movimento em defesa do lançamento de um programa de governo do partido. Sem um programa, os acordos são vistos pelo governador como “loteamento de cargos”, “fuleragem” e “molecagem”.

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Preocupado em se consolidar internamente no partido, o vice-governador Orlando Pessuti destacou que o PMDB do Paraná é “rigoroso” nas suas definições para disputar o governo.

Ele lembrou que o PMDB faz alianças, mas que também lança suas candidaturas próprias no Estado. Foi assim nas sete eleições do Estado, quando perdeu duas e venceu cinco eleições, citou o vice-governador.

A maioria dos diretórios municipais do PMDB do Paraná renovou ontem suas direções. Na convenção de Curitiba, o PDMB reelegeu Doático Santos para a presidência do partido.

Nova direção

A permanência de Doático foi decidida por Requião e desencorajou algumas alas minoritárias do partido a bater-chapa. Doático anunciou que sua meta é obter a adesão de mais dez mil novos filiados ao partido, em Curitiba.

A comissão executiva do PMDB de Curitiba terá 13 membros: além do presidente, foram escolhidos o assessor especial do governador Carlos Moreira para 1º. vice-presidente, o deputado estadual Alexandre Curi (2º vice-presidente), o secretário especial Nizan Pereira (3º vice-presidente), professor Altino Loureiro (secretário-geral), Ivan Ribas (1º secretário), João Benjamin Santos (tesoureiro), Sheila Toledo (1º tesoureiro). O deputado federal Marcelo Almeida e o secretário de Segurança, Luiz Fernando Delazari, foram eleitos vice-presidentes setoriais do partido.