Requião busca acordo para PCS do magistério

O governador Roberto Requião (PMDB) reuniu ontem alguns dos líderes dos partidos aliados em um almoço na Granja do Canguiri para apresentar os principais pontos do projeto do novo Plano de Cargos, Carreira e Salários dos professores públicos estaduais.

Embora venha sendo discutida há quase um ano com representantes da APP-Sindicato, a entidade que representa os professores, a proposta ainda não está fechada. O secretário da Educação, Maurício Requião, forneceu aos deputados apenas algumas informações sobre a nova versão do plano.

Mais uma vez, Requião avisou que não tem a intenção de convocar extraordinariamente, os deputados estaduais para votar a matéria. O líder do PMDB na Assembléia Legislativa, deputado Antônio Anibelli, disse que, numa previsão otimista, o projeto deve ser votado pela Assembléia Legislativa somente em meados de março, ainda que o governo envie a proposta logo na reabertura dos trabalhos, em 16 de fevereiro. Anibelli observou que os feriados de Carnaval, na segunda quinzena de fevereiro, irão atrasar o cronograma de sessões.

Poucos líderes aceitaram o convite do governador para o almoço, que teve a participação do vice-governador Orlando Pessuti, e dos secretários da Casa Civil, Caíto Quintana, do Planejamento, Eleonora Fruet, e da Comunicação, Airton Pisseti. Além de Anibelli e do líder do governo, Angelo Vanhoni (PT), estiveram na Granja a deputada Cida Alborghetti (PP), o vice-líder do governo, Ademir Bier (PMDB), e o vice-presidente da Assembléia Legislativa, Natálio Stica (PT).

Cautela

O governo passou a ser mais cuidadoso ao tratar dos índices de reajustes salariais para os professores. Ontem, não foram divulgados números. No ano passado, a Secretaria da Educação chegou a apresentar o esboço de uma tabela à APP-Sindicato que indicava aumentos salariais de até 80%, criando uma expectativa positiva entre a categoria. O projeto foi abortado depois que a área econômica do governo alertou que não havia caixa para bancar o plano e os professores terminaram o ano frustrados com o andamento das negociações.

Ontem, de acordo com o relato dos deputados, o governador chegou a citar que a proposta que mandará para a Assembléia pode aumentar em cerca de R$ 230 milhões a folha de pagamento do Estado. Conforme o deputado Anibelli, o governo ainda não “bateu o martelo” sobre os novos valores das tabelas.

Concurso

O secretário de Educação confirmou aos deputados a intenção do governo de realizar um novo concurso para a contratação de professores ainda neste semestre. De acordo com o secretário, o objetivo é regularizar a situação dos professores celetistas atingidos por uma decisão judicial que determina que o quadro do magistério seja ocupado apenas por profissionais concursados.

Educação e APP debatem projeto

O secretário estadual de Educação, Maurício Requião, deve apresentar hoje nova proposta de plano de cargos, carreira e salários aos professores da rede estadual. A reunião acontece às 14h na Secretaria Estadual de Educação (Seed), no bairro Vila Isabel, em Curitiba, e contará com a presença da direção da APP Sindicato. A assessoria de imprensa da Seed informou que os índices de reajustes ainda estavam sendo estudados pelos técnicos da secretaria.

“Nossa expectativa é que o governo apresente uma proposta que corrija de fato a defasagem salarial dos últimos nove anos”, afirmou o presidente da APP Sindicato, José Lemos. Segundo ele, as perdas acumuladas de agosto de 95 (data do último reajuste salarial) para cá somam 95%. “Nos últimos dois anos, tivemos abonos que variaram de R$ 50,00 a R$ 300,00, mas que não bastam. É preciso aumento de salário”, pediu. Segundo ele, há disposição da categoria em discutir o escalonamento da reposição. A proposta apresentada pelo governo no mês passado – de reajuste salarial médio de 14% – foi recusada pelos professores.

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