O governador eleito Roberto Requião (PMDB) e o senador reeleito Osmar Dias (PDT) já marcaram uma primeira conversa para discutir como será a relação entre a futura administração estadual e o pedetista no próximo ano. Requião e Osmar, ex-coordenador político da campanha do irmão ao governo, senador Alvaro Dias (PDT), falaram ao telefone na segunda-feira, quando os dois agendaram um encontro para a segunda quinzena de novembro. Por enquanto, segundo Osmar, o primeiro contato foi apenas para uma troca de cumprimentos pela eleição de ambos.
Osmar disse ontem que não há possibilidade de recomposição do grupo com Requião. “O PDT perdeu a eleição. Teoricamente é oposição ao governo do Paraná. O resultado da eleição determinou isso”, declarou o senador, que irá propor que o PDT adote uma postura de independência em relação ao futuro governo estadual. “Não podemos apoiar incondicionalmente o governo Requião”, afirmou.
Ele disse já ter uma postura pessoal definida em relação ao futuro governo. “Como senador, tenho meus compromissos com o Estado. As iniciativas do governo que forem importantes terão meu apoio. Se o governo errar, vou criticar. E também vou cobrar os compromissos assumidos pelo governador eleito em sua campanha. É a mesma coisa que eu fiz em relação ao governo de Fernando Henrique, mesmo quando era do partido dele”, disse.
Colaboração
Na Assembléia Legislativa, o grupo de deputados aliados a Alvaro ainda não se pronunciou coletivamente. O deputado Augustinho Zucchi disse que torce para que Requião faça um bom governo e que pretende colaborar para esse resultado. “Pessoalmente, não pretendo fazer oposição. Mas pertenço a um grupo político e nós vamos conversar sobre tudo isso”, afirmou Zucchi.
Os pedetistas estão esperando que o senador Alvaro Dias convoque uma reunião com a base parlamentar e a direção do partido para definir como será o comportamento em relação ao governo do adversário.