O senador Roberto Requião (PMDB-PR) reafirmou há pouco, em entrevista coletiva, que entrará ainda hoje com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a anulação da convenção nacional do partido, marcada para amanhã, e a impugnação do edital de convocação do encontro. A ação judicial está sendo preparada neste momento por Alexandre Dupeyrat, secretário do governador de Minas Gerais, Itamar Franco (um dos representantes da ala antigovernista do PMDB). Mostrando indignação com a decisão de hoje da Executiva Nacional do PMDB, de só colocar em votação, na convenção, a proposta de lançamento de sua candidatura presidencial se rejeitada, pela maioria dos 493 convencionais, a indicação de coligação dos peemedebistas com o PSDB e de apoio à candidatura do tucano José Serra.
Requião chamou de ?abusiva, violenta e covarde? a decisão tomada pela Executiva. Na opinião dele, o principal prejudicado será Serra. Ele acha que, mesmo que Serra receba o apoio da maioria, o processo de aprovação da coligação, tendo a deputada peemedebista Rita Camata como candidata a vice, não terá sido ?claro, límpido e democrático?. A ala governista do PMDB dá por certo que terá a maioria dos votos da convenção, de acordo com as suas próprias contas, incluindo os de Goiás, Maranhão, Ceará e Rondônia, em relação aos quais havia dúvidas. Já os dissidentes, que defendem o lançamento de Requião, embora não divulguem números nem mencionem Estados onde têm dificuldades, também afirmam dispor de maioria dos convencionais.