Se o ex-deputado Rafael Greca concordar, nada mais impedirá a volta do ex-deputado Gustavo Fruet ao PMDB. O senador Roberto Requião, apontado como a pedra no caminho do tucano para seu regresso ao PMDB, disse ao líder da bancada do partido, Caito Quintana, na noite de ontem em Brasília, que não vai se opor a que Gustavo seja o candidato do partido à prefeitura de Curitiba no próximo ano, se ele deixar o PSDB.
No encontro entre os peemedebistas, do qual participou também o senador Waldyr Raupp, presidente nacional em exercício do PMDB, o senador resolveu sair do caminho, mas não sem antes repassar a Greca o ônus de uma suposta rejeição ao ingresso de Gustavo no partido. Isto porque Greca já se manifestou anteriormente e disse que Gustavo pode entrar no PMDB, mas irá ter que disputar com ele a convenção para ser indicado candidato.
Requião acha deselegante pedir a Greca que desista. Por isso, deixou claro que receberá Gustavo para fechar o acordo, mas depois que houver um acerto com Greca. Quintana disse que o grupo irá procurar Greca para uma conversa sobre o que seria melhor para o partido. “Vamos buscar a unidade com o Greca. Nós respeitamos o direito dele de ser candidato, mas queremos conversar sobre o futuro do PMDB”, afirmou Quintana.
Greca foi apresentado como pré-candidato do PMDB no dia 9 de abril, em encontro do diretório. À época, Requião disse que Gustavo poderia entrar no partido, mas teria que concorrer com Greca à indicação. Á época, a declaração foi vista como um veto já que, para o tucano, somente faria sentido deixar o seu partido se fosse para ter a garantia da candidatura.
A articulação peemedebista para atrair Gustavo de volta ao partido está sendo feita de comum acordo com o PT e até mesmo com o PDT e PSC. A estratégia dos partidos da base de apoio da presidente Dilma Rousseff (PT) é desarticular os tucanos em Curitiba, onde Gustavo, apesar de aparecer bem nas pesquisas de intenções de votos, tem que disputar o apoio do governador Beto Richa com o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB).