O governador Roberto Requião (PMDB) disse, ontem, que aceitaria ser candidato à presidência da República, mas somente se for uma escolha unânime de seu partido.
Requião respondeu às declarações de lideranças nacionais do partido que no final de semana, durante encontro estadual do PMDB de São Paulo, lançaram Requião como o nome do partido para 2010.
?Me senti homenageado por São Paulo. Mas é preciso que o PDMB tome consciência da idéia de que precisa ter um candidato, e não ?tucane? mais?, disse Requião. ?(Para ser candidato) preciso do apoio do partido inteiro, em todas as unidades da federação. É preciso haver unanimidade no PMDB em torno do estilo paranaense de governar?, acrescentou. ?Mas isso (a candidatura à Presidência) é algo que se discute bem lá na frente?, lembrou o governador.
No encontro do PMDB paulista, além do presidente do partido no estado, o ex-governador Orestes Quércia, que é um dos principais defensores da candidatura de Requião, o presidente nacional da legenda, o deputado federal Michel Temer também manifestou-se em favor da candidatura do governador paranaense. ?Requião é o melhor nome que o partido tem no momento. Se você topar, você vai ser o nosso candidato. Hoje, ao contrário das eleições passadas, temos todas as condições de ter o nosso próprio candidato e vencer o pleito?, disse Temer, sábado, no encontro de São Paulo.
Temer disse ainda que a unidade do PMDB hoje é a garantia de candidatura própria e de vencer as eleições. No encerramento, no seu discurso, Temer reafirmou a disposição que desta vez, finalmente, ?podemos ter um candidato?. ?Há unidade e disposição de todas as lideranças para este projeto que se coloca como principal do PMDB.?
Para Requião, a indicação se deve ao modo como ele governa o Paraná. ?É um governo nacionalista, que luta pelo interesse da população, pelo interesse público, e que por isso se difere muito de outros governos?, falou Requião. ?Além disso, nossa Copel é uma empresa lucrativa e tem a tarifa mais barata de energia entre as grandes empresas de eletricidade do Brasil. A Sanepar tem a tarifa social, e está voltando para o domínio público. Somos contra o pedágio, recuperamos as estradas sem ele. Há a geração de emprego, com a isenção dos impostos para microempresas e a redução brutal do ICMS para as pequenas empresas. São posturas muito diferentes?, concluiu o governador.
As declarações públicas em favor da candidatura de Requião tiveram início há duas semanas, quando Quércia, antigo desafeto do governador, dias após seu jornal DCI vencer a licitação da publicidade legal nacional do governo, lançou o nome de Requião durante reunião nacional do partido.
