Os funcionários dos consulados do Brasil em Nova York e de outras representações diplomáticas nos Estados Unidos, como Houston, Atlanta, Los Angeles, São Francisco, no Canadá e na Europa decidiram fazer uma greve de 48 horas a partir de amanhã, 13, de acordo com um comunicado da Associação dos Funcionários Locais do Ministério das Relações Exterior no Mundo (Aflex).

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A greve deve ocorrer em 17 representações diplomáticas brasileiras no exterior e também terá protestos de funcionários, de acordo com a Aflex. Na Europa, a paralisação está marcada em cidades como Bruxelas, Paris, Milão e Genebra.

A principal reivindicação dos funcionários é aumento de salários, que estão sem reajustes, dependendo do caso, entre três e oito anos. Os funcionários do consulado brasileiro de Nova York estão há cinco anos sem aumento de salário e sem reajuste anual do custo de vida.

A paralisação dos funcionários, destaca o comunicado enviado nesta segunda-feira, vai afetar a emissão de vistos e outros serviços a brasileiros e estrangeiros em um momento que o Brasil se prepara para receber os turista para a Copa do Mundo. Além disso, afeta vistos de negócios. Só o consulado brasileiro de Nova York atende a uma media de 350 a 400 pessoas por dia. No ano de 2013, emitiu 82 mil vistos brasileiros para estrangeiros e mais 14 mil passaportes brasileiros.

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Além do reajuste de salários, os funcionários das representações diplomáticas reclamam que estão em um “limbo jurídico” com relação às leis trabalhistas que já dura anos e só se agrava. Segundo o comunicado, eles não são regidos pela CLT, mas sim pelas normas do país onde servem. Mas os EUA, por exemplo, não reconhecem essa legislação e afirmam que os funcionários são de responsabilidade do governo brasileiro.