O repórter Andrei Netto, enviado especial do jornal O Estado de S. Paulo à Líbia, foi libertado hoje. Ele está abrigado na casa do embaixador brasileiro em Trípoli, George Ney Fernandes. Ele esteve preso por oito dias na cidade de Sabrata, a 60 quilômetros da capital, após ter sido capturado por tropas leais ao ditador Muamar Kadafi. Netto está bem de saúde e deve deixar a Líbia amanhã.
No período em que esteve preso, o jornalista ficou sem qualquer contato com o exterior. No domingo, a prisão em que ele estava foi alvo de ataques. O Estado havia perdido todo contato direto com Netto. Até domingo, o jornal recebia informações indiretas de que seu repórter estava bem, escondido na região de Zawiya – cenário de violentos confrontos entre Kadafi e os insurgentes, a 30 quilômetros de Trípoli.
Desde a última semana, o Estado tem acionado diversas entidades internacionais, como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR), a ONU e a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), além do governo brasileiro, a Embaixada da Líbia no Brasil, e vários veículos de comunicação nacionais e internacionais no sentido de garantir a integridade física e segurança do repórter.