O candidato ao governo do Estado Osmar Dias (PDT) voltou a criticar ontem a renúncia de Beto Richa (PSDB) ao mandato de prefeito de Curitiba para disputar o governo, por causa da promessa de campanha de Beto de não abandonar a prefeitura para concorrer a outros cargos.

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Beto rebateu dizendo que seus eleitores o liberaram para disputar o cargo de governador, citando pesquisa em que a maioria dos seus eleitores queria que ele disputasse a vaga.

A crítica foi um dos poucos pontos de conflito entre os candidatos em conversa com estudantes na Universidade Positivo (UP). Ainda sobre sua gestão à frente da prefeitura, Beto disse que foi prejudicado no repasse de verbas estaduais, por decisões tomadas pelo então governador Roberto Requião (PMDB) e que por este motivo a cidade ficou sem recursos para a área da saúde.

O pedágio foi um dos principais temas abordados por Osmar Dias no debate que teve um aspecto mais próximo a um bate-papo. Osmar prometeu criar uma agência reguladora para rever os preços cobrados e fiscalizar a atividade. “Lula provou que é possível ter pedágio mais barato. O modelo de cobrança de pedágio que houve no Paraná foi equivocado”, afirmou.

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Transparência

Osmar cobrou transparência na planilha de custos e a realização de uma auditoria nos contratos dos pedágios para verificar o cumprimento das obras previstas. A proposta é publicar mensalmente o balanço sobre investimentos e arrecadação das concessionárias.

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“O pedágio já foi objeto de muita campanha política. Sem politizar, mas tratando esse assunto com a seriedade que ele merece, nós vamos colocar na mesa a planilha e estabelecer uma tarifa que seja justa”, disse Osmar, referindo-se à campanha das eleições anteriores de Requião, quando o ex-governador prometeu que o pedágio “baixava ou acabava”, o que não aconteceu.

Uma das críticas de Beto ficou para a gestão do Porto de Paranaguá. “Boa parte da sua movimentação de cargas migrou para outros estados, principalmente para Santa Catarina, que hoje tem cinco portos. Se não investirmos em infraestrutura, o Paraná não vai crescer e não vai se desenvolver como nós esperamos”, defendeu.

Outro assunto questionado pelos estudantes aos candidatos foi a questão do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Beto e Osmar disseram serem contra métodos mais drásticos, como os adotados pelo MST.

Já o candidato Luiz Felipe Bergmann defendeu a invasão de terras, por considerar um meio de se fazer a reforma agrária, já que por outros meios ela não é feita. O PV mandou como representante o seu candidato ao Senado, Rubens Hering. Durante o encontro, não houve debate entre os candidatos. Cada um falou separadamente e depois respondeu às questões dos universitários.