Totalizada a apuração de votos pelo Tribunal Superior Eleitoral, a renovação na Câmara será de quase metade dos deputados. Dos que vão assumir uma cadeira na Câmara no dia 1º de fevereiro, 47% dos eleitos são de primeiro mandato ou ficaram fora da última legislatura e retornam à Câmara.
O PT será a maior bancada, com 91 deputados. A segunda será a do PFL, com 84 parlamentares; o PMDB terá a terceira, com 74; o PSDB a quarta, com 71; e o PPB a quinta, com 49. Em seguida vêm PL e PTB, cada um com 26 deputados; o PSB, com 22; o PDT, com 21 e o PPS, com 15 deputados.
As eleições mostraram que os partidos de oposição ao atual governo aumentaram suas bancadas. O PT elegeu 33 deputados a mais que em 1998. O PDT terá 5 deputados a mais, o PSB, 6; o PPS 3; e o PCdoB, 2. O PL, que se aliou ao PT na disputa pela presidência da República, elegeu 4 deputados a mais que em 1998.
Já partidos que formam a base aliada do presidente Fernando Henrique Cardoso diminuíram suas bancadas. O PSDB perdeu 23 parlamentares; o PFL, terá 14 deputados a menos; o PMDB, menos 13; o PTB, menos 7 e o PPB, menos 4.
Partidos que não tem representação na Câmara conseguiram eleger deputados: o Prona elegeu 6 representantes, o PV, 5; o PSD, 4; e o PMN, PSC, PSDC elegeram 1 deputado cada.
O cientista político da UnB Ricardo Caldas analisa que, com o aumento das bancadas dos partidos de oposição, equilibrando forças com as legendas mais numerosas, o próximo presidente da República, seja quem for, precisará ter muita capacidade de negociação para conseguir aprovar no Congresso projetos de interesse do Governo.(Agência Câmara)