Uma reunião do comando geral da campanha do senador Osmar Dias (PDT) ao governo, realizada ontem pela manhã em Curitiba, definiu algumas novas estratégias eleitorais.
A coordenação geral da campanha continuará com o ex-governador Mário Pereira, mas outros nomes experientes em campanhas eleitorais, que atuavam nos bastidores, ganham funções executivas.
Um desses colaboradores é o ex-deputado Renato Adur, que deve assumir a coordenação operacional da campanha. Na conversa de ontem, algumas mudanças foram adotadas. A partir de agora, Osmar e os dois candidatos ao Senado, Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT), não vão mais andar juntos em campanha.
Cada um vai cobrir uma localidade, uma cidade, na mesma região do Estado. No final do roteiro, então, farão uma atividade conjunta. Na avaliação do grupo, uma agenda específica para cada um dos candidatos da chapa majoritária pode render bem mais que todos juntos no mesmo local, como vinha sendo feito até agora.
Além disso, a campanha “solo” permite que cada um possa fazer o seu discurso, com suas próprias características. No interior do Estado, mais uma alteração significativa foi decidida.
Acabou o comando compartilhado entre PT, PMDB e PDT na campanha de Osmar nos municípios. Agora, a responsabilidade ficará com a liderança política local mais forte, independente do partido.
Desta forma, a campanha deve ganhar agilidade e superar os obstáculos locais, em sua maioria, gerados pelas rivalidades interaliança, acreditam pedetistas, peemedebistas e petistas que estão pensando a campanha de Osmar.
Novo perfil
O presidente estadual do PT, deputado Enio Verri, disse que hoje haverá nova reunião para definir melhor as posições nas funções de comando. Apesar de não ter participado da conversa de ontem, Verri afirmou que a discussão ajudou a fazer a reorganização que todos já sabiam que teria de ser feita por se tratar de uma campanha com vários partidos na coligação.
“É o que diz o ditado: as abóboras se ajustam no andar da carruagem”, afirmou. O maior envolvimento de todos os partidos deve dar novo ritmo de crescimento à campanha, afirmou Verri que, acredita que as mudanças, aliadas à propaganda eleitoral gratuita deve impulsionar a candidatura ao governo. “A população ainda não tem clara a questão das candidaturas. Há uma grande desinformação sobre quem é o candidato do Lula e da Dilma. Isso vai fazer muita diferença”, afirmou.
O líder do PDT na Assembleia Legislativa, Luiz Carlos Martins (PDT), disse que “as peças estão mudando de lugar” na equipe de Osmar para dar um novo ritmo à campanha.
Porém, Martins é também dos que acreditam que a força da candidatura presidencial da ex-ministra Dilma Rousseff e seu principal cabo eleitoral, o presidente Lula (PT), pode fazer toda a diferença no final.
“Alguém lembra o que aconteceu depois que o presidente Lula subiu naquele palanque na Boca Maldita? O Requião, que nem estava lá, ganhou a eleição”, afirmou.
