Após seu pedido de instalação de uma Câmara Processante para analisar o caso de irregularidades cometidas pelo presidente da Câmara Municipal de Curitiba, João Claudio Derosso (PSDB), ter sido rejeitado pela Procuradoria Jurídica da casa, a vereadora Renata Bueno (PPS) decidiu adotar outra estratégia. Durante a manhã deste sábado (6), ela esteve na Boca Maldita, no centro da cidade, para pedir o apoio da população em relação ao movimento contra Derosso e colher assinaturas para um abaixo-assinado que será apresentado na próxima semana na Câmara.
Segundo a vereadora, o ato de hoje serviu para ter um retorno da população a respeito do caso. “Precisamos ouvir a população para saber o que ela pensa e não ficarmos só fechados na Câmara. E a resposta foi ótima porque percebemos que as pessoas estão acompanhando o caso e estão aderindo ao movimento”, comentou.
ara ela, o abaixo-assinado deve dar ainda mais força e contribuir para desenrolar os procedimentos da Câmara em relação a Derosso. “Essa atividade de hoje veio para somar o trabalho que já foi feito durante a semana, quando tiveram várias manifestações. Precisamos reforçar que queremos transparência, julgamento, restituição do dinheiro e até uma nova forma de gestão na Câmara”.
A vereadora ainda pretende insistir no assunto na sessão da próxima segunda-feira (8). “Queremos que cada parlamentar vote a respeito do assunto para que saibamos quem está do lado de quem. O requerimento que protocolei também continua tramitando, apesar de eu ter recebido um parecer jurídico apontando uma ilegalidade que não existe”, afirmou.
Para ela, este é o momento ideal para reflexão e para que os vereadores percebam que precisam “reaver a credibilidade da população”. Derosso é acusado de ter cometido irregularidades em licitação para contratação de agências de publicidade em 2006, quando uma das empresas escolhidas para o serviço seria de propriedade de sua esposa, Claudia Queiroz Guedes.