O senador Renan Calheiros (MDB-AL) vai iniciar neste fim de semana uma campanha pedindo que os correligionários do MDB votem contra a candidatura de Henrique Meirelles à Presidência da República nas eleições 2018 na convenção do partido, marcada para 2 de agosto. Candidato a novo mandato, Renan propõe que o MDB não apresente chapa própria ao Palácio do Planalto e libere os diretórios para os arranjos regionais.

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Aliado do PT em Alagoas, o senador divulgou nesta sexta-feira, 13, um vídeo nas redes sociais defendendo liberdade para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato ao Planalto e condenado e preso pela Operação Lava Jato. “Inacreditáveis os caminhos tomados no caso do presidente Lula: quando as provas inocentam, prende-se. Quando as provas condenam, absolve-se. São os sinais trocados de uma época bipolar”, provocou Renan.

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Pelas contas da cúpula do MDB, Meirelles já tem o apoio de 443 dos 629 delegados que participarão da convenção do partido, em Brasília. O cálculo foi feito pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, vice-presidente do MDB e conhecido por suas planilhas certeiras.

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As resistências ao lançamento do ex-ministro da Fazenda diminuíram e estão mais concentradas nos diretórios do MDB de Alagoas, Ceará, Sergipe, Paraná e Pernambuco. Renan, porém, disse que intensificará a campanha “Não ao Meirelles”, telefonando para convencionais e mandando mensagens pelo WhatsApp. Além disso, no dia da convenção do MDB, combinou com colegas a estratégia do “não voto”.

A ideia é que o senador, adversário do presidente Michel Temer, registre ali uma proposta para “disputar” com Meirelles, prevendo que o MDB não tenha candidato ao Planalto.

“O importante é que o MDB é um partido de presença nacional e que acolhe a diversidade de opiniões”, disse Meirelles à reportagem. “Mas nós já temos ampla maioria no partido, teremos uma vitória consagradora na convenção e vamos ganhar as eleições em outubro.”

O presidente do MDB, senador Romero Jucá (RR), afirmou que a sigla não retirará Meirelles do páreo. “Não tem sentido o maior partido do Brasil ficar no banco de reserva”, argumentou Jucá, que é líder do governo no Senado. Pesquisas de intenção de voto indicam que Meirelles tem, hoje, de 1% a 3% das preferências.