O Senado discutiu na tarde desta segunda-feira, 9, a decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), que anulou tramitação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) na Casa.
Durante a sessão, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) anunciou que “não procede a argumentação de Waldir Maranhão sobre a forma que a decisão da Câmara deveria ser comunicada ao Senado”. Para Renan Calheiros, a decisão do presidente interino da Câmara “é intempestiva”.
O presidente do Senado manteve o andamento do processo de impeachment e não aceitou a decisão de Waldir Maranhão. “Deixo de conhecer o ofício da Câmara e determino a sua juntada à denúncia com esta decisão”, anunciou Renan Calheiros.
Em nota à imprensa, Maranhão listou seis motivos que o levaram à decisão que alimenta ainda mais a fase tumultuada que vive o Congresso. O afastamento de Dilma seria sacramentado pelo Senado nesta quarta-feira, 11, em votação no plenário.
A determinação de Maranhão atende pedido da Advocacia-Geral da União.