Alvo de três inquéritos na Operação Lava Jato, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que atuará de forma independente na votação da recondução do atual procurador-geral, Rodrigo Janot. Na chegada ao Senado, ele disse que vai se empenhar em agilizar a apreciação da indicação de Janot pela presidente Dilma Rousseff na Casa.
“Com relação ao procurador-geral, eu o recebi no início da semana e vou demonstrar completa isenção e grandeza como presidente do Senado Federal. Vamos fazer a sabatina na quarta-feira (dia 26), vou conversar com os líderes para que nós votemos no mesmo dia, para que definitivamente o Senado possa demonstrar que não vai permitir o amesquinhamento dessa apreciação”, afirmou.
Renan declarou não ter visto as notícias de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve ser denunciado até amanhã pela Procuradoria-Geral da República, conforme informou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Ele também disse que não viu os questionamentos levantados esta manhã por um aliado seu, o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL), à indicação de Janot na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Collor também deve ser denunciado na Lava Jato pelo chefe do Ministério Público Federal.