O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira, 19, que vai consultar os líderes em plenário para decidir a ordem das votações do dia. Na pauta, além da indicação do jurista Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal (STF), está a análise da Medida Provisória 665, que restringe direitos trabalhistas.

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“Nós vamos consultar o plenário, para ver qual é a ordem lógica. A pauta está trancada (por conta da MP), mas apreciação de autoridades é permitido. O mais conveniente, o mais prudente, é consultar o plenário”, disse Renan, ao chegar para o Congresso.

A medida vem sendo anunciada desde ontem por Renan para tentar se distanciar dos rumores de que tem trabalhado contra a aprovação de Fachin. O temor da base aliada é que o nome do jurista seja colocado em votação com um plenário esvaziado, e, assim, não consiga o número de votos necessários. Para ser aprovado, Fachin precisa do apoio de 41 dos 81 senadores.

O Palácio do Planalto instruiu os líderes da base a garantir a presença dos senadores hoje na Casa, para evitar surpresas. Pelas contas do governo, a disputa será apertada, mas Fachin deverá conquistar até 55 votos. Como a votação é secreta, porém, o risco de traições não está descartado.

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Além das duas votações, há ainda na agenda dos senadores uma sessão temática para discutir o projeto da terceirização e a visita do primeiro-ministro da China, Li Keqiang. Questionado se, diante desse quadro, a votação de Fachin poderia ficar para amanhã, Renan desconversou.

“Se ficar para amanhã, será uma consequência, não será a causa. Vamos discutir, o esforço que vamos fazer é para deliberar sobre todas as matérias”, disse.

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Hotel

Fachin está em Brasília, mas não irá ao Senado acompanhar a votação. Ele ficará no hotel e vai esperar pelo resultado ao lado da família. Segundo a assessoria de imprensa do jurista, se tiver o nome aprovado pelo plenário da Casa, ele deve ir até o Congresso para agradecer o apoio dos senadores.