O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), conversou nesta quinta-feira (18) com o presidente do Senado, Renan Calheiros, sobre o impedimento da comitiva de parlamentares brasileiros para cumprir agenda em Caracas.
Segundo Aécio, após o telefonema, Renan se comprometeu a ligar para a presidente Dilma Rousseff em busca de uma solução. Depois de deixar o aeroporto, no início desta tarde, a comitiva brasileira teve de retornar ao local em razão de manifestações ocorridas no trajeto e também por causa do intenso engarrafamento na região.
“Renan disse que vai ligar para a presidente. Estamos cobrando uma manifestação formal. Esse incidente diplomático é da maior gravidade”, afirmou Aécio ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. Os senadores viajaram à capital venezuelana para tentar visitar Leopoldo López, preso por atuar como líder oposicionista ao governo venezuelano Nicolás Maduro.
O líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado, em ligação realizada para parlamentares no Brasil, pediu que o caso fosse comunicado na Tribuna do Senado. “Estamos sitiados aqui, sem poder andar. Com batedores de faz-de-conta. Está tudo obstruído”, afirmou.
Entre possíveis motivos para o engarrafamento nas redondezas do aeroporto de Caracas está a chegada de Jhonny Bolívar, que foi transferido da Colômbia para a Venezuela no dia de hoje, no mesmo momento em que desembarcavam os senadores brasileiros. O venezuelano foi capturado em Barranquilla, Colômbia. Ele era procurado desde março de 2014, por causa do assassinato de Adriana Urquiola.
A comitiva é formada pelos senadores Aécio Neves (PSDB), Aloizio Nunes (PSDB), Cássio Cunha Lima (PSDB), Ronaldo Caiado (DEM), Agripino Maia (DEM) e Sérgio Petecão (PSD).