O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (08) que tentará colocar em votação esta tarde o projeto de lei que inibe a criação de partidos.

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A tramitação da matéria foi congelada depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu em abril liminar pedida pelo PSB para impedir a votação da proposta que proíbe parlamentares que trocarem de partidos de levarem consigo os tempos de rádio e TV e os recursos do fundo partidário.

A iniciativa ocorre após a criação de duas novas legendas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até o momento, o Solidariedade e o Pros conseguiram filiar 35 deputados federais e um senador.

Outra potencial beneficiária da atual lei, a ex-ministra Marina Silva não conseguiu criar seu partido, o Rede Sustentabilidade, por falta do apoio mínimo previsto em lei. Marina filiou-se ao PSB no último sábado, prazo limite para filiações.

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“É muito importante que, do ponto de vista do Congresso, nós possamos dar um basta”, afirmou Renan Calheiros, que pretende conversar com os líderes partidários para incluir a matéria do plenário desta terça-feira.

A intenção de Renan é votar a proposta após uma medida provisória que tranca a pauta do Senado. Com isso, a proposta de criação de novos municípios, atualmente o terceiro item da pauta, deve ficar para depois.

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Mesmo pressionado, o presidente do Senado resiste em colocar em votação esse item. Para Renan, a atual “pulverização partidária” está na contramão do que acontece em outras democracias.

“Quanto mais partidos você tiver, menos identificação programática e menos a sociedade tem os partidos como referência. É preciso por um basta nisso desestimulando definitivamente a criação de novos partidos”, afirmou.