O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse ser favorável a votações abertas contanto que sejam desta forma em todas as instâncias. “Há 18 modalidades de votos secretos dentre os poderes da República. Sou favorável à transparência desde que sejam abertos todos os votos secretos”, disse Calheiros após participar de almoço com executivos do grupo Lide, em São Paulo.

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Questionado sobre o que pensa em relação a realização de sessões fechadas em Comissões, como a que ocorreu na de Direitos Humanos e Minorias, Renan afirmou que “não concorda”. “A transparência que a sociedade cobra não permite que convivamos com fatos como esse.” Ele disse ainda que no Senado essa crise não aconteceu porque os líderes anteviram a possibilidade de ocorrer. “Chamei setores do PT e avisei que se eles não indicassem candidatos para a Comissão de Direitos Humanos ela ia ficar na mão de pessoas que pensam como as da Câmara”, disse, referindo-se a grupo liderado pelo pastor Marco Antônio Feliciano (PSC-SP).

Sobre o número excessivo de Medidas Provisórias (MPs) que chegam para ser votadas, Renan minimizou a questão. “Vivemos a efervescência da democracia. Estamos modelando a democracia brasileira, não só na relação com o executivo, mas com o Judiciário”, afirmou.

Aliança

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O senador também reafirmou a aliança “preestabelecida com o PT” na sucessão presidencial de 2014. “No entanto, considero que temos de conversar no governo, conversar também com partidos que formam essa aliança em relação a uma agenda para o próximo governo”, ponderou.

Ao ressaltar que o PMDB é o maior partido do Brasil, Renan explicou que a legenda não tem lideranças nacionais, mas “fortes lideranças regionais”. “Precisamos manter forte o partido nas regiões. A legenda tem cumprido um papel importante”, afirmou.

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Segundo Renan, a recente afirmação da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que afirmou que Congresso às vezes faz chantagem com o governo, é uma “generalização”. “Pode haver setores que ajam assim, mas esse tipo de declaração não ajuda”, afirmou.

Perguntado sobre as diferenças do diálogo com o Executivo durante o mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual com a presidente Dilma Rousseff, o presidente do Senado disse que “são estilos diferentes”. “Passamos por um bom momento. As tensões são naturais”, disse.