Renan agora quer liderar PMDB no Senado

Um ano depois de ser alvo de quatro denúncias por suspeita de quebra de decoro parlamentar e renunciar à presidência da Casa, o senador Renan Calheiros (AL) está em campanha para ser líder do PMDB. Ele comunicou ao atual líder, Valdir Raupp (RO), na quinta-feira, que quer o seu lugar. Nesta data, dia 4, fez um ano que ele renunciou à presidência do Senado para não ser cassado.

Raupp disse a ele que seria “difícil” abrir mão do cargo por dois motivos: por já ter o apoio de 13 dos 20 senadores da bancada e para não frustrar os eleitores do Estado, que defendem sua permanência na liderança, uma vez que não quis disputar a presidência do Senado. Há menos de dois anos no cargo, Raupp defende que não deve abrir mão da liderança – normalmente ocupado pelos quatro anos da legislatura – para manter o que chama de “bom entendimento na bancada”. “A bancada está unida, esta disputa vai estragar tudo.”

O líder marcou para quarta-feira reunião para discutir o assunto. Sua dúvida, agora, é se mantém a data ou se atende ao pedido do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), que quer adiar a decisão até que o partido feche o nome do candidato à presidência. “Uma disputa interna não pode contaminar a escolha do candidato à presidência”, disse Garibaldi. “Se for possível adiar, é melhor para não atrapalhar o que considero mais importante para a Casa.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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