Relatório final vai para o Senado

Os deputado Élio Rusch (PFL) e Mário Bradock (PMDB), presidente e relator, respectivamente, da CPI da Reforma Agrária na Assembléia Legislativa, estarão hoje e amanhã em Brasília para entregar ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, à superintendência nacional do Incra, ao senador Alvaro Dias (PSDB), presidente da CPMI da Terra e outras autoridades ligadas às questões agrárias. o relatório final da comissão, aprovado no mês passado.

O relatório critica igualmente os governos federal e estadual. Segundo o relator, o governo do Estado "fechou os olhos para uma série de desmandos e ilegalidades. O relatório concluiu que "é como houvesse no âmbito do Executivo estadual um entendimento tácito de quem tem carteirinha de sem terra é inimputável". Bradock disse ainda que o governo abdicou de seu papel de mediador e entregou os conflitos para a polícia.

Sobre o governo federal, Bradock afirmou que não exerceu a mediação e também não proveu as verbas para a realização do processo de reforma agrária. O Incra, apontou o relatório, desconhece a situação dos assentados e também não acompanha suas atividades. Quanto aos produtores rurais, o relatório afirmou que eles não resistem à reforma agrária, mas à sua "violenta forma" de execução. O relator cita ainda que a UDR existe apenas para se contrapor ao MST e que seu princípio é o de ser "liminarmente, contra a reforma agrária e tudo o que ela representa".

Rusch analisa o documento como uma conclusão isenta, que não favorece a nenhum dos lados no conflito. Para ele, as conclusões mais concretas do documento são a falta de terras para reforma agrária no Estado, e a precariedade da assistência do governo federal aos assentamentos, que têm como conseqüência a venda de 25% dos lotes pelos agricultores.

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