continua após a publicidade

Foto: Agência Câmara

Chinaglia: ?Executivo depende de decisões da Câmara?.

A dificuldade em conciliar os interesses do governo, dos deputados e dos líderes partidários provocou o adiamento da indicação dos parlamentares que vão relatar as medidas provisórias e os projetos de lei do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para depois do Carnaval. Ontem, após reunir-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que anunciará as indicações na próxima quinta-feira.

Até lá, Chinaglia tenta montar um quebra-cabeça buscando peças que, além de agradar aos ministros que estão envolvidos mais diretamente no programa, não criem obstáculos para a tramitação das propostas.

?É natural que o presidente da República tenha interesse no trâmite. É uma proposta que vem do poder Executivo e depende agora das decisões da Câmara. Informei a ele que estamos construindo uma boa negociação com os governistas e também com os oposicionistas. É nosso papel na Câmara?, afirmou Chinaglia. Ele tinha a intenção inicial de nomear os relatores antes do Carnaval para que os deputados já trabalhassem nas propostas durante o feriado.

continua após a publicidade

O PFL já acertou que relatará uma das medidas provisórias. ?Nós somos da oposição, temos críticas ao PAC, achamos que o conceito do programa é equivocado, mas, acima de tudo, queremos que o País dê certo e que devemos contribuir para isso?, afirmou o líder do PFL, Onyx Lorenzoni (RS). Para o PFL, foi oferecido a relatoria da MP que amplia os limites operacionais da Caixa Econômica Federal (CEF). Deputados tucanos deverão relatar duas medidas provisórias e um projeto de lei.

Uma das dificuldades do presidente da Câmara para fechar os nomes está em seu próprio partido. O PT quer as principais medidas provisórias, as que tratam de maiores fatias de recursos, nas mãos de deputados de sua bancada. 

continua após a publicidade