Escolhido como relator da CPI do Cachoeira, o deputado Odair Cunha (MG) disse nesta terça-feira que ainda não sabe se pedirá a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico das pessoas citadas na investigação da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

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Essa operação revelou ligações do empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados, que agora serão apuradas pela CPI mista.

Cunha disse que deseja examinar todos os documentos disponíveis sobre o caso antes de pedir a quebra de sigilo. Cunha disse que também não sabe quem irá convocar e argumentou que todos são inocentes até que haja provas em contrário.

Segundo o deputado, se as investigações detectarem o envolvimento de algum petista ou de parlamentares da base aliada, ele agirá com isenção, dando o mesmo tratamento a todos, sem favorecer ninguém.

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O deputado argumentou, ainda, que sempre colocou o seu nome à disposição para ser o relator da CPI e disse que o fato de ser próximo do Palácio do Planalto não comprometerá as investigações porque, segundo ele, “todos os petistas são próximos ao Palácio do Planalto”.

A escolha de Cunha para ser o relator da CPI do Cachoeira foi anunciada nesta terça-feira pelo líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP). A comissão, que reúne deputados e senadores, terá ainda outros dois titulares do PT: Cândido Vaccarezza (SP) e Paulo Teixeira (SP) e três suplentes: Doutor Rosinha (PR), Luiz Sérgio (RJ) e Sibá Machado (AC).

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Às 19h30 desta terça-feira, em sessão do Congresso, será lida a lista com os nomes dos 15 deputados e 15 senadores que integrarão a CPI. A comissão será instalada quarta-feira. O presidente já indicado pelo PMDB será o senador Vital do Rego (PB).