Escolhido relator da revisão da meta fiscal de 2016 na Comissão Mista de Orçamento (CMO), o deputado Dagoberto (PDT-MS) afirmou nesta quarta-feira, 18, que vai concluir a elaboração do seu parecer da proposta até segunda-feira, 23. O deputado disse que até sexta-feira, 20, espera receber os números do governo para elaborar seu texto. O colegiado marcou uma reunião para a segunda às 16 horas a fim de votar a proposta, antes de a matéria ser remetida para o plenário do Congresso.

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“Lógico, não vou fazer nada que não seja (realista), para corrigir daqui mais 15 ou 30 dias, porque quem vai ficar desmoralizado serei eu. Eu vou fazer aquilo que for correto”, disse ele, ao afirmar que a discussão sobre a meta não é uma “questão ideológica” e sim numérica.

Mesmo tendo votado contra a admissão do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, Dagoberto disse que não tomará qualquer posição para defender a petista. “Não faria isso, senão não aceitaria a relatoria”, completou. Para ele, a escolha do seu nome pelo presidente da comissão, deputado Arthur Lira (PP-AL), se deve pelo fato de o PDT ter atuação independente – a legenda não faz parte da base aliada do presidente em exercício, Michel Temer.

A CMO articula aprovar o parecer da revisão da meta fiscal antes de ele ser votado pelo plenário do Congresso, o rito normal de tramitação desse tipo de proposta. Contudo, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje mais cedo que quer votar a proposta diretamente em plenário na próxima terça-feira, 24, a despeito de ela ter sido votada ou não pelo colegiado.

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No entanto, o presidente da CMO afirmou não ver problemas de a revisão da meta de 2016 ser aprovada diretamente pelo plenário do Congresso sem passar pelo colegiado que dirige. Ele disse que espera votar a nova meta na CMO para que a discussão não chegue “dura” na sessão do Congresso. “A CMO não é uma condição ‘sine qua non’ para a aprovação da meta (pelo plenário do Congresso)”, disse Lira.