O senador Roberto Rocha (PSB-BA), divulgou nesta terça-feira, 4, seu relatório sobre a indicação da subprocuradora Raquel Dodge para chefiar a Procuradoria-Geral da República. O parecer será apresentado nesta quarta-feira, 5, aos senadores na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
No texto, o relator faz um resumo do currículo de Raquel e, em tom elogioso, diz que sua experiência é “inquestionável”. “Sua experiência é inquestionável em matéria penal, mas não é menor em relação a questões cíveis, em geral, e de tutela coletiva, em especial”, escreve.
Antes mesmo do relatório, ao ser escalado na semana passada para relatar a indicação, Rocha já havia adiantado que seria favorável à aprovação. Raquel foi a segunda na lista tríplice levada pela Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) ao presidente Michel Temer. No Ministério Público, ela é considerada opositora ao atual procurador-geral, Rodrigo Janot.
Em seu parecer, porém, ele ressalva que o voto é secreto. “Por fim, como não podemos registrar nosso voto, em virtude do caráter secreto do processo de votação, concluímos que há elementos suficientes para que esta Comissão manifeste-se sobre a indicação de Raquel Elias Ferreira Dodge para ocupar o cargo de Procuradora-Geral da República.”
Rocha recebeu Raquel na manhã desta terça-feira em seu gabinete. A reunião, que só foi divulgada após ter acontecido, durou cerca de uma hora.
A subprocuradora já marcou encontros com outros senadores para tratar da votação de sua indicação, marcada para o próximo dia 12. A oposição, no entanto, tenta adiar para depois do recesso parlamentar. O argumento é de que o mandato de Janot vai até setembro e não há pressa em aprovar a indicação de Raquel tão rapidamente.