As relações institucionais de Hugo Chávez com o Brasil passam pela amizade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que às vezes se assusta com algumas iniciativas de seu colega venezuelano, como o apoio à estatização de unidades da Petrobras por Evo Morales, na Bolívia. Apesar disso, pelo menos na aparência, a amizade está firme.
Um dos estados que mantém vínculos com o venezuelano é o Paraná. Chávez esteve em Curitiba em abril passado, ocasião em que foi recebido pelo governador Roberto Requião (PMDB) e ameaçou o presidente dos EUA, George Bush. Ele classificou, mais uma vez, o líder americano de ?genocida? e também condenou a intenção americana de fazer um acordo econômico envolvendo as três Américas. Chávez não escondeu a sua intenção: a solução para o continente sul-americano está no sistema socialista. ?O mundo só se salvará com o socialismo?, disse.
Em sua visita ao Paraná, Chávez reforçou a necessidade de integração de toda a América Latina e a implantação da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), no lugar da Área Livre de Comércio das Américas (Alca). Concretamente, Chávez assinou acordos de cooperação com o governo do Paraná e encerrou o 2.º encontro de integração entre o Paraná e a Venezuela, que reuniu empresários de vários setores. A visita de Chávez foi uma retribuição de uma visita oficial liderada pelo governador Roberto Requião à Venezuela, alguns meses antes.
Quanto aos círculos bolivarianos, sabe-se da existência de pelo menos um na capital paranaense, que leva o nome de Getúlio Vargas.
