O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), disse nesta terça defender o aprofundamento das investigações sobre o envolvimento de parlamentares com o empresário do ramo de jogos de azar Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Segundo Maia, fica cada vez mais evidente de que se tratava mais do que uma ligação entre um contraventor e políticos, argumento que essa ligação envolveria também os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e os meios de comunicação. Segundo Maia, ficou comprovado que Cachoeira influenciava na pauta, na apuração e no noticiário dos meios de comunicação.

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Marco Maia disse ainda não saber se o caso terá de ser investigado por uma CPI ou se o assunto deve seguir para o Comitê de Ética da Câmara. Mas o petista reforçou que o assunto precisa ser apurado. Ele quer que o Supremo Tribunal Federal mande para a Câmara todo o material sobre essa questão.

Integrantes da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção discutiram o assunto nesta tarde com Maia. O presidente da frente, deputado Francisco Praciano (PT-AM), acompanhado dos deputados Reguffe (PDT-DF) e Chico Alencar (PSOL-RJ), defendeu que as apurações sobre o envolvimento de deputados com Cachoeira sigam além da representação que já foi aberta na Corregedoria da Casa em relação ao deputado Rubens Otoni (PT-GO). Maia disse que os processos que chegarem à corregedoria serão imediatamente encaminhados à mesa da Câmara e, então, à Comissão de Ética.

Encerrada a reunião com Maia, Praciano informou que a Frente encaminhou representações na corregedoria contra mais dois deputados: Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO) e Sandes Júnior (PP-GO). Ainda não foi decidido encaminhar representações em relação a Jovair Arantes (PTB-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ), cujos nomes também estão relacionados a envolvimento com Cachoeira.

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