Deputados estaduais vão apresentar uma emenda parlamentar para obtenção de mais recursos para o ensino superior no Paraná em 2005. A decisão foi tomada ontem, após reunião na Assembléia Legislativa com os reitores das universidades estaduais e diretores das faculdades públicas do Estado. O presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputado Tadeu Veneri (PT), convocou o encontro para discutir os problemas das instituições e o orçamento programado para o ensino superior em 2005, de R$ 768,2 milhões.
Veneri explica que as universidades estão passando por um processo de esvaziamento orçamentário. Os recursos previstos para o ano que vem são menores em relação a 2004 na questão de pessoal. “É um imenso problema. Vamos ter situações de impossibilidade de começar o ano se não resolvermos esse problema. Corre-se o risco de que a folha de funcionários e servidores seja menor em janeiro de 2005 do que em dezembro deste ano”, aponta. São 7 mil professores e 17 mil servidores atuando no ensino superior público paranaense.
O deputado comenta que os profissionais estão sem reajuste há 10 anos. Veneri também classifica como crítica a situação dos hospitais universitários. “Em Maringá, existem cirurgias autorizadas e que não são feitas porque faltam anestesistas. Outro exemplo é o não-reconhecimento pelo Ministério da Educação do curso de Administração em conjunto com a Universidade Estadual de Maringá e a de Londrina. Vários professores doutores tiveram seus salários reduzidos e foram embora”, afirma. Veneri diz que cada universidade estadual está perdendo cerca de 100 professores mestres ou doutores por ano. Na formação de cada um, gasta-se entre R$ 150 e 200 mil. “Não tem sentido perder recursos em uma velocidade rapidíssima. São R$ 20 milhões a 30 milhões jogados no lixo”, considera.
