A Câmara Municipal de Curitiba aprovou por unanimidade, nesta segunda-feira (12), o pedido de urgência solicitado por 16 vereadores, que altera o Projeto de Lei que trata sobre a dupla função de motoristas do transporte público da capital paranaense.
Segundo o vereador Valdemir Soares (PRB), a proposta suprimiu parte da redação do projeto antigo. “Todos os vereadores aprovaram o regime de urgência da proposta que proíbe ao motorista dirigir o ônibus e efetuar a cobrança de passagens”.
Soares disse que com a aprovação do regime de urgência, o projeto terá que passar por todas as comissões em no máximo três dias e, na próxima segunda-feira (19), deverá ser votado na Câmara em primeira discussão. Pelo regime normal, isto poderia levar até três meses. O vereador afirmou ainda que não acredita na impossibilidade de aprovação do projeto e nem em veto por parte do prefeito Gustavo Fruet.
“Não existe a possibilidade de que a proposta não seja aprovada nas comissões, pois foi apenas uma alteração na redação do texto e ela já havia sido aprovada anteriormente e acredito que o projeto será sancionado por Fruet, já que o prefeito sinalizou que quer o melhor serviço público. Ele só vetaria se houvesse algum impedimento jurídico, o que em minha opinião não há”, finalizou.
Custo será acrescido na tarifa técnica
Segundo a assessoria de imprensa da Urbs, o fim da dupla jornada para os motoristas gerará um custo permente mensal de R$ 1,150 milhão para o pagamento de aproximadamente 500 cobradores, além de um custo de R$ 1,800 milhão para adaptar os ônibus.
Atualmente, 70,4 mil passageiros por dia utilizam os ônibus que não têm cobrador. Destas, 27,4 mil pagam em dinheiro, equivalente a cerca de 40%, os demais passageiros pagam com cartão transporte ou são isentos.