O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou nesta quinta-feira, 18, acreditar que o regime de recuperação fiscal dos governos dos Estados, aprovado nesta quarta-feira, 17, no Congresso, será sancionado pelo presidente Michel Temer ou por quem venha a substituí-lo, caso ele deixe a Presidência da República.

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“É um projeto aprovado na Câmara e no Senado. Tenho certeza de que o presidente que estiver lá vai sancionar o projeto de lei… O próprio presidente Michel Temer se chegou em tempo… O presidente da Câmara Rodrigo Maia DEM-RJ me disse que ele Temer iria sancionar ainda hoje”, afirmou Pezão, após participar do XXIX Fórum Nacional, na capital fluminense.

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Ele disse que se reuniu pela manhã com os secretários de Estado e que, por isso, não tomou conhecimento dos detalhes da crise política provocada pela delação do empresário da JBS Joesley Batista contra Temer. “Tem que esperar o fato acontecer. É triste porque uma das grandes características que ele Temer demonstrou é ter a governabilidade através do Congresso Nacional, tanto na Câmara como no Senado. O País há muitos anos não tem uma base tão forte para aprovar reformas. Estados e municípios não sobrevivem sem a reforma da Previdência”, disse Pezão.

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Em seguida, afirmou ter ficado surpreso com as denúncias. “O Brasil inteiro ficou”, complementou. O governador do Rio afirmou ainda que encaminhará três projetos de lei de reforma fiscal à Assembleia Legislativa (Alerj), o mais rapidamente possível, para que tenha acesso ao dinheiro da União no prazo de 45 a 60 dias. Entre os projetos que passarão pelo crivo dos deputados estaduais, está o relativo ao aumento da alíquota de contribuição previdenciária dos funcionários públicos estaduais de 11% para 14%. O segundo seria a adesão à lei aprovada no Congresso. Pezão não divulgou a terceira proposta.

Perguntado sobre o financiamento da sua campanha eleitoral pela JBS, a principal doadora dele em 2014, o governador disse que não tem o que esconder e que as doações são públicas.