| Foto: Arquivo/O Estado |
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| Quércia: cedendo aos apelos do partido. continua após a publicidade |
O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), afirmou ontem, em São Paulo, que a candidatura do presidente estadual do partido, Orestes Quércia, a governador é "pra valer". "A disputa não é apenas para marcar posição", destacou, numa referência às insinuações de que a candidatura própria da legenda poderia ajudar o candidato a governador Aloizio Mercadante (PT) a chegar ao segundo turno da eleição, que tem, até o momento, a liderança absoluta do candidato José Serra (PSDB).
Temer reuniu-se na manhã de ontem com Quércia e a Executiva Estadual do PMDB. A executiva da sigla ratificou pela manhã o nome dele para representar a agremiação nas eleições estaduais. A candidatura será homologada na convenção que os peemedebistas realizam amanhã, na capital paulista. Os nomes dos candidatos a vice-governador e a senador ficarão em aberto, e serão definidos até o dia 30, prazo final estabelecido pela Lei Eleitoral. Segundo o presidente nacional do PMDB, a conversa com Quércia foi longa e tranqüila.
A definição de candidatura própria ocorreu, de acordo com Temer, para ajudar a elevar as bancadas federal e estadual da agremiação. "Tudo isso que estavam falando (as críticas dos tucanos ao nome do presidente regional do PMDB de São Paulo) estava prejudicando a unidade do partido em São Paulo. Por isso, decidimos partir para a candidatura própria", afirmou.
Quércia disse que a decisão de lançar a candidatura foi tomada por causa do aumento das pressões do partido. "Ontem (21) as pressões avolumaram-se", afirmou, numa referência à insatisfação dos peemedebistas com o veto dado pelo PSDB à indicação do nome dele para integrar a vaga de vice na chapa de Serra.
"Não estou magoado com Serra porque acredito que a objeção do PSDB (ao nome de Quércia) não foi pessoal, mas ocorreu em função da sucessão de 2010", destacou. O presidente regional do PMDB negou que o lançamento do nome tenha alguma relação com a conversa ocorrida há alguns dias com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à reeleição.
"Minha candidatura não é braço de ninguém, é para ganhar é pra valer", disse. Quércia ironizou: "Da mesma maneira que minha candidatura pode ajudar o PT, eles (petistas) também podem me ajudar."