A reforma política mobilizou os deputados do PT no seminário promovido pela liderança da bancada na Câmara. “Foi o tema recorrente”, relatou o presidente do PT, José Eduardo Dutra, ontem à noite. Segundo ele, a reforma terá de ser votada neste ano para ser viabilizada. “Ou (o Congresso) faz (a reforma) no primeiro ano do governo Dilma ou não faz mais.”

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Os focos do PT na reforma política serão o financiamento público das campanhas e o voto em lista fechada, assuntos que estão longe de ter unanimidade no Congresso. Em seguida, vêm a proibição das coligações nas eleições proporcionais (para os Legislativos federal, estadual e municipal) e a criação de regras mais rígidas de fidelidade partidária, detalhou o dirigente petista.

Dutra acrescentou que o financiamento público deve ser instituído em conjunto com o voto em lista partidária. “Um não vale sem o outro.” Pelo modelo em estudo, os recursos para as campanhas serão repassados pelo poder público aos partidos que, por sua vez, os distribuirão entre os seus candidatos, que serão definidos em lista fechada elaborada pelo partido.

Por fim, Dutra reafirmou que o desafio do PT nesta legislatura será liderar uma articulação, envolvendo a sociedade civil, para impulsionar a reforma política no parlamento e lembrou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se dispôs a contribuir para o debate. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Dutra afirmou que o PT deve fazer com que “a sociedade e o Congresso se convençam da urgente necessidade da reforma política”.

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