O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse considerar "razoável" a redução gradual da alíquota da CPMF, mas ressaltou que essa questão cabe ao governo, que tem a responsabilidade de governar o país e elaborar o Orçamento da União. "O relator Palocci (Antonio Palocci, relator da proposta de emenda constitucional da CPMF) aventou a possibilidade de redução gradual. Isso em uma conversa anterior. Eu achei razoável, mas depende de acordo com o governo", disse Chinaglia.
Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, falou da possibilidade de redução da alíquota, depois de a prorrogação ser aprovada no Congresso. A proposta de emenda constitucional, em votação na Câmara, prevê a manutenção da alíquota de 0,38%.
Chinaglia reafirmou que, se o governo não revogar duas ou três medidas provisórias (MPs) que estão trancando a pauta no plenário, não haverá possibilidade de votar a proposta da CPMF esta semana. Quatro MPs trancam a pauta. Chinaglia disse ainda que a reunião do colégio de líderes, marcada para a manhã de hoje, foi transferida para a parte da tarde, para permitir as articulações entre os partidos da base e da oposição. Ele afirmou que na reunião de hoje vai ver se é possível fechar um acordo de procedimento de votação.
