Em evento fechado realizado na noite de quinta-feira, 26, a Rede do Rio Grande do Sul decidiu apoiar a pré-candidatura de Eduardo Leite (PSDB) ao governo gaúcho nas eleições 2018. A escolha, no entanto, não significa que a presidenciável Marina Silva (Rede) subirá no palanque tucano no Estado. “Estamos desde o início programados para fazer o palanque da Marina com base nas candidaturas ao Legislativo”, disse o deputado federal João Derly (Rede-RS).
Questionada por jornalistas nesta sexta-feira, 27, se o apoio da Rede ao PSDB gaúcho sinaliza palanque para ela no Rio Grande do Sul, Marina Silva disse que, em alguns Estados, aquilo que se reflete nas coligações locais não tem relação, necessariamente, com a candidatura dela ao Planalto. “Os candidatos nos Estados que têm seus presidenciáveis vão fazer a campanha deles. Os deputados que estão comigo, da Rede, farão minha campanha”, afirmou a pré-candidata em visita a Porto Alegre.
Nos bastidores, dizia-se que a Rede estava praticamente fechada com o MDB do governador gaúcho José Ivo Sartori, que não formalizou sua pré-candidatura à reeleição, mas decidiu pelo tucano pelas propostas em torno da questão do esporte. “O Eduardo Leite se mostrou muito propenso a fortalecer a política do esporte no Estado, ligada à questão da educação. Foi um atrativo grande para que pudéssemos fechar o apoio”, afirmou João Derly, que, antes de ser deputado, foi judoca olímpico.
A Rede no Rio Grande do Sul havia colocado como condição para definir apoio a melhor coligação para a reeleição de João Derly. O partido também pretende conquistar uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado neste ano. A Rede se apresentará nas eleições proporcionais ao Legislativo gaúcho com PSDB, PPS e PHS; e à Câmara dos Deputados com PSDB, PTB e PRB.
Com o recente apoio, a coligação em torno de Eduardo Leite soma seis siglas: além de PSDB e Rede, PTB, PPS, PHS e PRB.