Em visita à Câmara dos Deputados, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, sinalizou que a liberação dos recursos para obras nos municípios incluídos no Orçamento, por meio de emendas parlamentares, será feita “dentro das possibilidades”. Ela afirmou que o desejo é sempre maior do que a possibilidade e que o governo não pode abrir mão do rigor com as medidas tomadas na área econômica, que já têm produzido resultados, como o controle da inflação.

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“Esse rigor está surtindo efeito e não pode ser modificado. Todos temos de ser responsáveis”, disse a ministra, após encontro com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).

A liberação de emendas é uma das principais dificuldades na relação do governo com a sua base na Câmara. Os deputados aliados querem a prorrogação do prazo para liberação de emendas de orçamentos anteriores, os chamados restos a pagar, de 30 de junho para 31 de dezembro. Os restos a pagar não processados até 30 de junho perderão a validade. Também reivindicam a liberação de 50% das emendas do Orçamento deste ano e um ritmo acelerado para as nomeações dos indicados pelos partidos no segundo e terceiro escalões.

Maia considerou que a ministra foi cuidadosa ao tratar do tema da liberação de emendas, porque não pode fazer promessas que não poderão ser cumpridas. “A expectativa de todos é que haja um calendário de desembolso dos recursos destinados aos municípios”, disse Maia.

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Para se aproximar dos deputados, que nutrem desconfiança em relação ao novo comando político da presidente Dilma Rousseff, a ministra anunciou que estabelecerá uma rotina permanente na Câmara, com presença semanal na Casa. “Será (uma presença) quase que cotidiana”, disse, ressaltando que o movimento maior no Congresso ocorre às terças e quartas-feiras.

Ideli afirmou que a própria presidente manifestou o desejo de fazer reuniões com as bancadas de partidos aliados também da Câmara, a exemplo do que tem realizado com os senadores, para ter um contato “olho no olho”.

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A Câmara deve votar hoje a proposta que muda as regras de licitação para as obras da Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, incluída na Medida Provisória 527. “Haverá um esforço para vencer essa votação hoje”, disse Ideli. Ela afirmou que a proposta permitirá agilidade nas contratações para acelerar as obras.