Sem mandato há onze dias, o presidente estadual do PDT, ex-senador Osmar Dias, recebeu, nesta sexta-feira, a visita do ex-ministro José Dirceu, provocando novas especulações sobre uma possível entrada do pedetista no governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Porém, nem Dirceu nem Osmar confirmam que o assunto tenha feito parte da conversa mantida na casa do pedetista, em Curitiba.
“Essa questão, eu não tenho nenhuma participação. Não sou do governo, sou dirigente do PT. E também não o vi preocupado com isso”, afirmou Dirceu, que disse ter tido apenas uma discussão genérica sobre a política.
“Eu conversei com o senador Osmar Dias, mas sobre política. Sobre a nossa relação, sobre a nossa aliança, nosso interesse de continuar trabalhando com ele, uma grande liderança do Paraná. Perdeu a eleição, mas não perdeu a imagem que carrega com ele e como temos o PDT como aliado e o Osmar como uma das principais lideranças de nossa aliança no Paraná, vim visitá-lo e trazer um abraço do Lula a ele”, desconversou.
Observador
Antes da conversa com Dirceu, Osmar disse a O Estado que não há o que dizer a respeito de participação ou não no governo Dilma. “Estou cuidando das minhas coisas. Não recomecei minhas atividades políticas”, afirmou Osmar, que concorreu ao governo no ano passado apoiado por PMDB e PT, que agora dividem o comando do país.
Ele rebate as versões de bastidores apontando que estaria disposto a sair do partido. “Meu mandato no partido termina em março. Não vou sair do partido”, reagiu o senador, afirmando que não há pressões eleitorais à vista que justificassem esse tipo de decisão. “Eu não sou candidato a nada em 2012. Não tenho pressa de nada. Sou um observador da cena agora”, comentou.
A vice-presidência da Carteira Agrícola do Banco do Brasil é uma das posições cogitadas para Osmar. Petistas que conversaram com o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, revelaram que este espaço já foi oferecido ao pedetista.