O novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou que as mudanças que pretende fazer na Pasta não significam “condenação” de quem for afastado. Ele confirmou em entrevista coletiva que fará alterações na equipe, mas usou um tom ameno em relação aos servidores que devem ser afastados de suas funções. “Certamente que haverá mudanças e as competências que lá estão e que tenham correspondido a suas atribuições serão mantidos. Os que serão mudados serão pelo critério da mudança pessoal, da mudança técnica. A mudança não significa a condenação de ninguém”, disse o novo ministro.

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Rebelo afirmou ter almoçado na residência de seu antecessor, Orlando Silva, para se inteirar dos assuntos do Ministério. Afirmou que não houve qualquer recomendação da presidente Dilma sobre a relação com a Fifa. “Não houve recomendação. Creio que o relacionamento deve ser de praxe. A Fifa tem uma responsabilidade, o governo tem a sua e trabalharão naturalmente levando em conta a cooperação necessária e a independência”.

O novo ministro disse ainda não acreditar em ressentimento por ter presidido uma CPI que investigou a CBF entre os anos de 2000 e 2001. Nos últimos anos o agora ministro aproximou-se de Ricardo Teixeira e é um dos interlocutores do cartola no Congresso. Sobre as doações recebidas de patrocinadores da Confederação Brasileira de Futebol, demonstrou naturalidade. “Não tem problema nenhum um banco ou uma empresa dessa anunciar em rádio, TV e jornal, ser parceiro da CBF e da Fifa e, se houve qualquer contribuição, pode ser que tenha, não atingiu e não atingirá de qualquer forma a minha independência”.

Ele afirmou ainda ser favorável a conceder o benefício da meia-entrada para estudantes durante a Copa do Mundo, mas ressaltou que vai defender a aprovação do projeto da Lei Geral da Copa na Câmara na forma como foi enviado pelo Executivo. O governo federal optou por não tratar do tema e deixar a Fifa negociar diretamente com Estados e municípios. Apenas o direito à meia-entrada para idosos estaria garantido por ser lei federal.

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Rebelo destacou que o Ministério já suspendeu convênios com ONGs no âmbito do Segundo Tempo e manifestou a intenção de estender a prática para todos os programas. Os convênios passariam a ser firmados apenas com entes públicos. “Não vai acabar com o Segundo tempo. Não vai acabar com os programas, mas fazer com prefeituras”, disse. “Se desejam que me expresse como mais clareza, como ministro, no Ministério, não pretendo fazer convênio com ONGs”.