A definição sobre o reajuste para os servidores estaduais ficou para a semana que vem. O projeto de lei sobre o assunto foi aprovado ontem em primeira discussão na Assembleia Legislativa, com o aumento de 6,49% em duas parcelas, mas a matéria foi retirada da pauta do dia para nova conversa com o governador Beto Richa na tentativa do pagamento em cota única. A segunda votação estava programada para ontem. No entanto, os deputados da bancada governista decidiram negociar com Richa.
O líder do governo na Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB), alegou que houve forte apelo da base aliada para adiar a votação. Apesar do resultado favorável ao governo na primeira votação, o presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB) conversou com Traiano e Tadeu Veneri (PT), líder da oposição, para adiar a votação. Traiano ligou para o governador e ficou acertada nova negociação diante da vontade da maioria dos deputados em cogitar a parcela única. Richa está em viagem internacional e retorna apenas no fim de semana.
Efeito
O projeto de lei alcança cerca de 292 mil servidores estaduais ativos, inativos e pensionistas. “A base governista vai negociar com o governador Beto Richa para a parcela única a partir deste mês. A base do governo foi convencida que o servidor tem razão. Por isso o projeto foi retirado da pauta do dia e a negociação foi reaberta”, classificou Marlei Fernandes, presidente da APP-Sindicato, que representa professores da rede estadual de ensino, e coordenadora geral do Fórum das Entidades Sindicais dos Servidores Estaduais do Paraná.
De acordo com a sindicalista, a mobilização dos servidores surtiu efeito diante do que aconteceu ontem na Assembleia Legislativa. “É um avanço, mas vamos continuar com os debates”, afirma Marlei. A categoria reivindica o reajuste em parcela única, mas com índice de 13,5%. Servidores ficaram acampados ontem na frente do Palácio Iguaçu, depois da vigília no mesmo local durante a madrugada.