O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles afirmou nesta segunda-feira, 2, que o reajuste do Bolsa Família e a proposta de reajuste da tabela do Imposto de Renda anunciados ontem pela presidente Dilma Rousseff precisarão ser “medidos e equacionados” em um eventual governo Michel Temer, do qual é cotado para ser ministro da Fazenda.

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“Isso exatamente vai ter que ser devidamente medido, equacionado. O País tem condições de honrar os seus compromissos, a questão toda é exatamente o custo”, afirmou Meirelles, após reunião de mais de três horas com o vice-presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência da República.

Meirelles disse que, na reunião desta segunda-feira, da qual também participaram outros ministeriáveis, eles conversaram sobre o que seria necessário para a retomada do crescimento econômico. “São conversas preliminares, na medida em que todos aguardam a decisão do Senado (sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff)”, disse.

O ex-presidente do BC defende o regime de concessões na área de infraestrutura como uma das formas de ajudar a retomada do investimento privado no País e, consequentemente, da geração de empregos. Ele evitou, no entanto, comentar sobre uma possível reforma da Previdência Social.

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De acordo com Meirelles, somente após as definições políticas será possível definir as prioridades da economia. Apesar de seu nome já ser dado como certo e de já falar como ministro, o ex-presidente do BC evitou dizer se já recebeu convite oficial para ocupar o cargo.