No limite

Ratinho Júnior diz que reajuste é “proposta final do governo”

Foto: Jaelson Lucas/AEN
Foto: Jaelson Lucas/AEN

O reajuste de 5,09% em quatro anos é a “proposta final do governo” para os servidores, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) nesta quinta-feira (4). “Nossa proposta foi colocada. Aquilo é o limite a que o estado pode chegar. Não podemos colocar em risco a saúde financeira do Paraná em detrimento de uma ou outra categoria. Agora é uma questão de bom senso”, disse à Gazeta do Povo.

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Na quarta-feira, o governo do estado anunciou sua proposta de data-base para funcionários do Executivo estadual. O porcentual desagradou as entidades sindicais, que queriam um aumento imediato de 4,94%, valor referente à inflação dos 12 meses anteriores a maio. De acordo com o comando de greve, que mantém uma paralisação para pressionar o governo, cada categoria irá votar em assembleia a proposta. Por enquanto, as manifestações continuam.

Sobre a paralisação, Ratinho Junior foi enfático: “Já fizemos o gesto de boa vontade em querer negociar com o servidor dentro daquilo que é o limite de capacidade do estado”. “Essa proposta é a final. Mais do que isso iremos quebrar o estado”, apontou.

Pela proposta apresentada, será concedido reajuste de 0,5% em outubro deste ano, 1,5% a partir de março de 2020, 1,5% a partir de janeiro de 2021 e 1,5% a partir de janeiro de 2022. No caso dos índices de 2021 e 2022, o reajuste está atrelado a um crescimento da receita corrente líquida do estado.

Economia no repasse aos Poderes é tímida, mas governo comemora

Ratinho Junior considerou ainda uma vitória a redução de repasses aos Poderes, ainda que mais tímida do que o governo havia anunciado. Nesta quarta, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou, em um trâmite relâmpago, um substitutivo da proposta orçamentária de 2020 que mantém as mesmas porcentagens anteriores no repasse aos demais Poderes — 9,5% do orçamento para o TJ, 4,1% para o MP, 3,1% para a Alep e 1,9% para o Tribunal de Contas (TC).

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), porém, transfere alguns custos que estavam no Executivo ao Legislativo e Judiciário. Com isso, o estado estima economizar um valor na casa dos R$ 200 milhões. O anteprojeto da LDO, de abril, falava em economia de R$ 500 milhões.

“O governo não voltou atrás. Nós tivemos avanço. Primeiro fizemos uma provocação na negociação, mandamos alguns porcentuais. E nessa composição no sentido de provocar os demais Poderes, nós conseguimos avançar”, disse o governador.

“O Executivo não pode de uma hora para outra prejudicar os demais Poderes, que têm fórum construindo e suas outras programações. Mas acho que foi um ganho. Conseguimos chegar em 70% da nossa meta” , avalia o Ratinho Junior. “É a primeira vez desde 2010 [que há redução de repasses]. Depois de 9 anos o governo do estado começou a retomar uma parte do orçamento que entendemos que é nossa”, apontou.

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