Em mais um recado a candidatos ficha-sujas e sem citar o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse na noite desta terça-feira (14) que a lei das inelegibilidades deve ser assegurada para que só os elegíveis concorram, e os inelegíveis não financiem suas pretensões com recursos públicos.
“Recursos protelatórios também não podem ter efeito suspensivo com o propósito de influenciar no resultado das eleições, sobretudo quando temos um calendário eleitoral tão curto”, disse a procuradora, durante discurso na posse da nova presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber.
O PT pretende registrar nesta quarta-feira (15), último dia do prazo, a candidatura de Lula à Presidência da República. O petista, no entanto, foi condenado por colegiado, em segunda instância, o que pode o tornar inelegível pela Lei da Ficha Limpa.
Raquel destacou que o MPE (Ministério Público Eleitoral) tem se preparado para atuar de “forma célere e efetiva” nas eleições de 2018. “É tarefa da Justiça Eleitoral anunciar ao eleitor, o quanto antes e com segurança jurídica, quem são os reais concorrentes, ou seja, os que têm capacidade eleitoral passiva e podem ser votados, segundo a lei vigente”, afirmou Raquel.
A procuradora-geral da República destacou que as próximas eleições são complexas, reguladas por leis novas, “que floresceram sob a influência de reclamos por integridade, igualdade e justiça, que têm dominado as conversas dos brasileiros e o noticiário nacional”. “Vejo que o enfrentamento da corrupção tornou-se mais eficiente com a Operação Lava Jato e desde que esse tema tornou-se a principal preocupação da população”, comentou.