O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, indicou nesta quinta-feira, em São Paulo, que mantém a disposição de se candidatar a presidente da República, mas que a demanda precisa surgir do “público”.

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Em evento do Lide – Grupo de Líderes Empresariais, Rabello de Castro disse ainda que não leva em consideração, ao tratar da própria candidatura, uma possível vontade do presidente Michel Temer de tentar se reeleger. “Desejo quem precisa ter é o público. Eu preciso ter disposição”, disse, quando perguntado se pretende se lançar na disputa presidencial de 2018.

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“Nós somos movidos por serviço, estamos no BNDES e estivemos no IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística por vontade de servir. Mais da metade do meu tempo, mesmo na vida privada, foi dedicado à atividades inteiramente despojadas de qualquer remuneração, tentando pensar planos de governo, orientações de setores sociais”, disse ele, que é ligado ao PSC. “Se fiz, é porque tinha disposição de servir ao País”, disse. “Apenas em termos de proposta de planos econômicos, estou com menos disposição de terceirizar.”

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Antes, ao fim do almoço com empresários, Rabello de Castro foi abordado com a mesma pergunta e repetiu que a demanda pela candidatura deveria vir de fora. “A demanda depende do juízo do povo brasileiro, que buscará não a novidade, mas a seriedade, o compromisso e a alma doada. Se a gente, depois de 40 anos de serviço público, puder se apresentar modestamente e se não tiver ninguém melhor para se apresentar…”, disse, para as palmas dos presentes.

Temer

A jornalistas, o presidente do BNDES também negou que a possibilidade de Temer pôr o próprio nome na disputa seja um constrangimento à sua candidatura. “Nós não conversamos sobre a candidatura do presidente até porque ele evita ao máximo falar dessa questão. Quando fala, é sempre para dizer que não está nesse páreo. Portanto, há mera especulação feita de fora para dentro a respeito do que aconteceria caso ele se dispusesse lá na frente a se candidatar, o que é um direito dele”, disse.