As eleições foram o principal assunto discutido nos últimos dias na Penitenciária Feminina de Piraquara, região metropolitana de Curitiba, segundo as 15 detentas que participaram hoje (3) do pleito. Ao todo, 35 presas provisórias tinham sido cadastradas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), mas 20 delas foram colocadas em liberdade antes da data de hoje.

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Quem acompanhou a votação das presas foi a desembargadora Regina Afonso Portes, presidente do TRE-PR. Segundo ela, tudo transcorreu normalmente, na primeira vez que o Paraná reconheceu o direito do preso provisório ao voto. Em Curitiba, 281 presos provisórios, entre adultos e adolescentes internados em instituições socioeducativas, devem votar no dia de hoje.

Nas semanas que antecederam o pleito, as presas curitibanas acompanharam as propagandas eleitorais no rádio e na TV, assim como os debates, e discutiram as propostas apresentadas.

Eliane Aparecida, 22 anos, presa há um ano, disse que foi importante participar dessas discussões, pois “se sentiu novamente uma cidadã”. Fernanda Oliveira, 22 anos, presa há um ano, votou hoje pela primeira vez. Orgulhosa, ela diz ter se sentido importante por “contribuir para mudar a história do país”.

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