O secretário da Casa Civil, Caíto Quintana, reduziu ontem as perspectivas de o governo convocar extraordinariamente a Assembléia Legislativa para votar o plano de cargos, carreira e salários dos professores estaduais, como havia sinalizado o governador Roberto Requião (PMDB).
Quintana disse que o governo tem a intenção, mas ainda não dispõe dos dados sobre o impacto financeiro da reestruturação salarial da categoria na folha de pagamento para poder encaminhar em janeiro à Assembléia Legislativa o novo plano de cargos, carreira e salários dos professores da rede estadual de ensino.
A posição do chefe da Casa Civil amortece o início da polêmica entre o Palácio Iguaçu e os deputados estaduais, que foram ?convidados? pelo governador no início da semana a abrir mão dos jetons da convocação extraordinária para votar o projeto dos professores. O presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB) não quis alimentar a discussão e declarou apenas que daria uma ?resposta rápida? ao governo. Alguns deputados da base de sustentaçaõ do governo se adiantaram e garantiram que trabalhariam sem receber, mas Brandão tem uma posição firme contra convocações extraordinárias ?gratuitas?.
Quintana disse que o secretário da Educação, Maurício Requião, ainda está discutindo detalhes da nova tabela de vencimentos com a APP-Sindicato. E que enquanto essa negociação não for concluída, não há como o governo calcular a repercussão dos reajustes sobre a folha. ?A vontade de mandar o plano em janeiro existe, mas a possibilidade depende de outros fatores. O Maurício ainda está conversando com a APP e nós não temos nenhum cálculo?, disse.
De acordo com o secretário, o governo procurou de todas as formas mandar o projeto para a Assembléia antes do recesso parlamentar, que começou na semana passada. ?No fim, em discussão com a própria APP-Sindicato, não havia o fechamento de um PCCS, que é o sonho de todos, adequado. O governo quer que este PCCS seja o que o governo pretende e o que os professores esperam. Mas está sendo finalizado e no início do ano segue para a Assembléia. Queremos um bom relacionamento com os professores?, afirmou Quintana.